Oficiais
de justiça vão à sede da entidade para iniciar transição. Ex-presidente
Rosilene Gomes não foi notificada, mas isto não impediu a posse dos
sucessores. Oficiais de justiça assinam a transição; Rosilene Gomes a partir de agora é oficialmente ex-presidente da FPF.
A Federação Paraibana de Futebol já está sob
nova direção. Três oficiais de justiça da Paraíba foram na tarde
desta sexta-feira até a sede da entidade e deram posse à Junta
Administrativa nomeada pela juíza Renata Câmara (da 8ª vara Cível
de João Pessoa), em substituição a Rosilene Gomes, agora
oficialmente ex-presidente da FPF. Segundo o oficial Holimar Medeiros da Costa, a
entidade máxima do futebol paraibano fica a partir de agora sob as
ordens dos interventores Ariano Wanderley, João Máximo Malheiros
Feliciano e Eduardo Faustino Diniz, que terão 90 dias para concluir
a transição. Destes, apenas os dois primeiros estavam presentes. O oficial de justiça, inclusive, informou que a
posse acontece independente de qualquer notificação da decisão à
ex-presidente Rosilene Gomes, que até agora não foi encontrada. A posse é em obediência à decisão da Justiça
da Paraíba. E pode acontecer independente de Rosilene Gomes ser
notificada – declarou. E os primeiros momentos dos
novos dirigentes na
sede da FPF mostraram que a transição não vai ser fácil. Por
exemplo, eles tiveram que chamar um chaveiro para abrir a sala da
presidência, que estava trancada, sem que nenhum funcionário da
Federação tivesse chaves para abri-la. O chaveiro trocou a fechadura da
porta e a sala agora será lacrada, com acesso restrito exclusivamente
aos três interventores. Depois, por precaução, a nova Junta
Administrativa contratou uma empresa de segurança, que vai deixar um
homem armado 24 horas por dia na porta da entidade. Está proibida a
entrada e saída de qualquer documento da Federação Paraibana de
Futebol sem a prévia ciência dos interventores. Após a posse formal, os dois novos dirigentes
mandaram reunir todos os funcionários da Federação Paraibana para
uma reunião na recepção da entidade. E mais uma vez houve
dificuldade, já que alguns disseram que não poderiam descer por
estarem em meio a trabalhos. Ainda presente à sede da entidade, o oficial de
justiça lembrou que os interventores estavam na FPF por determinação
da justiça paraibana, de forma que todos os funcionários a partir
de agora estavam subordinados a eles. E ameaçou: O funcionário que descumprir as determinações
dos interventores pode ser autuado na Justiça por crime de
desobediência – resumiu. Sala da presidência é aberta por chaveiro e fechadura é trocada. E depois de algumas tentativas, a reunião
começou. Com Ariano Wanderley deixando claro que a princípio a
ordem é dar continuidade às ações da Federação Paraibana de
Futebol: Estamos aqui para colaborar com a Justiça.
Todos os funcionários podem ficar tranquilos porque não haverá
perseguições. A rodada do final de semana está mantida e as coisas
continuam de onde pararam. Paralelo a isto vamos dar início às
investigações sobre a atual situação da FPF.
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