sábado, 29 de março de 2014

Esquecidos no mercado? Veja como Joel, Dorival e Luxa lidam com desemprego.

São oito títulos nacionais, quase 30 estaduais e dois internacionais em apenas três treinadores. Todos com passagens por diversos grandes clubes. Só que agora eles estão sentados não no banco de reservas, mas na poltrona de casa. Será que o telefone está tocando? O desemprego preocupa? Essas são perguntas sobre a atual rotina de Dorival Junior, Joel Santana e Vanderlei Luxemburgo com o desemprego.  "Eu tenho feito as minhas propagandas e assistido a alguns jogos. Mas a coisa está feia, o nível está muito ruim. Também faço visita à casa de amigos e de vez em quando vou para Teresópolis. Eu gosto das montanhas", respondeu Joel Santana. "Jogador de seleção faz propaganda, estou aproveitando para tirar a minha casquinha também", brincou o carioca, que parece ser o mais "desencanado" com a situação. Está longe desde maio de 2013, quando deixou o Bahia. "Nunca fiquei tanto tempo assim desempregado.
" Dorival Júnior, que deixou o Fluminense no final do Campeonato Brasileiro, aproveita para fazer palestras em universidades. "Basicamente assim estou assistindo todos os jogos dos regionais e fazendo algumas palestras em algumas faculdades, é uma coisa que gosto muito de fazer. Também estou aproveitando para dar uma repensada, já que foram 11 anos seguidos de carreira.  Já Vanderlei Luxemburgo não quer nem saber de conversar. Prefere não ser lembrado e ficar mesmo escondido e longe dos rumores. "Não estou falando com ninguém, estou até no dentista agora para não conversar", brincou. "Mas estou sossegado. Deixa o pessoal lembrar do Muricy, Mano, Felipão e me deixar sossegado. Estou dando um tempo mesmo." Diferentemente dos anos anteriores, os técnicos desempregados têm feito pouca "sombra" para os que fazem campanha oscilante nestes três primeiros meses do ano. Corinthians, São Paulo e Botafogo, por exemplo, já foram desclassificados precocemente nos Estaduais, mas tiveram seus treinadores mantidos.  Mas será que essa tendência coloca medo nos medalhões e eles entendem que o mercado está fechado para eles? "Os clubes tomaram as decisões que deveriam ser tomadas. Acho que em algum momento alguma ou outra equipe lembrará. Deixo as coisas aconteceram, o que tiver que ser, será", explicou Dorival. "É difícil explicar isso tudo. Por que estou parado esse tempo todo? Acho que é porque me colocaram de castigo. É que eu não vou sair pra trabalhar por merreca. Eu acho que daqui a pouco as pessoas vão lembrar do Papai Joel. Apesar do tempo parado, eles negam que possa haver defasagem pela falta de rotina do dia a dia em um clube. Procuram suprir isso por meio de informações e observações das partidas o que, segundo os treinadores, lhes permite fazer análises táticas e tirar conclusões sobre o que está se passando."Tem que ver os jogos, eu estou acompanhando aí alguns joguinhos. Eu não vou desaprender. 
O que fiz em 30 anos sempre vou saber.  Quanto mais experiência, mais sábio. Eu não entendo isso de dizerem que pode ficar ultrapassado. Eu estudo, vejo jogos. Eu vejo a novela, por exemplo, e sempre estão lá o Antônio Fagundes, o Francisco Cuoco. Os caras estão lá e beijam cada mulher ainda", falou Joel. "Não existe temor nesse sentido. A defasagem só existe quando você se fecha e para de acompanhar", resumiu Dorival.Agora, difícil mesmo para os treinadores é tirar um coelho da cartola para saber como agir para ser lembrado. "Eu não vejo algo nesse sentido (de mostrar que está disponível). Deixei um bom trabalho nos clubes e é isso que pode ficar na cabeça", falou o comandante do Santos campeão paulista e da Copa do Brasil de 2010.  "É só acabar esses campeonatos estaduais aí que estarei de volta. Não tem o que fazer, é igual pesca, tem hora que está dando peixe e tem hora que não dá. Daqui a pouco estou de volta", falou Joel.

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