Botafogo conquista a Série D e é o primeiro paraibano campeão nacional. Diante de um Almeidão lotado, com
mais de 20 mil torcedores. O clube de João Pessoa vence o Juventude e
conquista o 1º título nacional da Paraíba. Foi emocionante. Foi arrepiante. Um teste para as torcidas dos dois
times. Um jogo em que os dois clubes criou chances espetaculares para
fazer gols e ser campeão. Mas estava escrito nos anais do futebol. O ano
de 2013 era do Botafogo-PB, que neste domingo venceu o Juventude por 2 a
0 e foi campeão brasileiro da Série D. É o primeiro clube da Paraíba a
conquistar um título nacional homologado pela CBF, justamente no ano
que que a equipe de João Pessoa renasceu. Isto mesmo. O Botafogo-PB não era campeão paraibano desde 2003 e não
participava de um Brasileirão desde 2006. Mas este era o ano de quebrar
as escritas e voltar a ser grande. O Belo venceu o Estadual no primeiro
semestre e neste final de semana conquistou o que nenhum outro paraibano
tinha conquistado ainda. Já o Juventude saiu de campo com um vice-campeonato honroso. Ao longo
de todos os 90 minutos o clube ficou perto do título. Atacou e buscou o
gol. Esteve muito perto de conseguir isto. Quase marcaram nos
acréscimos. Mas não deu. Os gaúchos, que no passado já foram campeões da
Série B e da Copa do Brasil, desta vez ficaram em segundo lugar. Festa começa ainda no 1º tempo: O jogo começou com o Botafogo partindo para o ataque logo no início.
Sempre pela esquerda, com boas participações de Celico. O clube de João
Pessoa conseguiu três escanteios a seu favor. Num dos lances, Lenílson
passou a bola para Fausto, que chutou forte em gol. O volante Possebon
foi quem salvou o time gaúcho. E com o Belo no ataque, a festa da torcida botafoguense era grande. A
massa empurrava o time da casa, que seguia no setor ofensivo. Só dava
Belo. E aos 14 minutos o time esteve perto de abrir o placar. Em
cobrança de escanteio de Pio, desviou no primeiro pau. A
bola sobrou para Rafael Aidar, que desmarcado, perdeu um gol incrível. Seguia-se o jogo, com o gol do Belo cada vez mais perto de sair. Isto
aconteceu aos 20 minutos, mais uma vez de cobrança de escanteio pela
esquerda. Pio cobrou na cabeça do zagueiro uruguaio Mario Larramendi,
que colocou com violência em gol. Festa do Belo. Festa no Almeidão. Com
mais de 20 mil torcedores em festa. O título, contudo, não sairia sem muito sofrimento. Porque após o gol, o
Juventude, que via a taça lhe escapar, resolver ser mais agressivo em
campo. E o time que até então estava acuado foi para o ataque. Rogerinho
e Zulu eram as duas principais referências ofensivas do clube gaúcho,
que chegava com cada vez mais perigo ao gol de Rémerson. A melhor chance do Juventude no primeiro tempo, no entanto, só saiu aos
43 minutos. Rogerinho avançou até a intermediária, puxou mais para o
meio e soltou uma bomba. A bola beliscou a trave e foi para fora. Jogo franco no segundo tempo: A etapa final do último jogo da Série D de 2013 foi espetacular. E um
teste para as duas torcidas. Isto porque os dois times tiveram chances
para marcar. O Belo para ampliar e ficar mais perto do título. O
Juventude para empatar e para roubar a taça que a cada minuto ia ficando
com os paraibanos. Mas os 10 primeiros minutos foi só do Juventude. Que atacava
implacavelmente, enquanto os botafoguenses se resumia a defender da
forma que conseguiam. Paulo Josué, que entrou no intervalo e já tinha
marcado o gol da vitória do primeiro jogo, foi quem primeiro testou
Rémerson. Douglas chegava com igual perigo alguns minutos depois. O Botafogo só melhorou aos 13 minutos, quando o técnico Marcelo Vilar
tirou Fausto e colocou Warley. O ídolo botafoguense entrou em campo
incendiando o jogo. Com fôlego renovado, ele entrou na área aos 16 e aos
17 minutos. No primeiro lance, ele ia marcar quando o goleiro Aírton
saiu nos pés do atacante. Os botafoguenses pediram pênalti, mas o
árbitro não deu nada. Já no segundo lance, a bola sobrou dentro dá área
nos pés do jogador, que chutou mal. O time de Caxias do Sul não estava morto. Respondeu aos 21 minutos.
Rogerinho cruzou para Diogo, que finalizou de cabeça. Rémerson fez uma
bonita defesa. Aos 26, Ermel chegava mais uma vez, mas a bola foi para
fora. A resposta do Belo foi aos 36. O time resistia como podia e ainda
avançava ao ataque. Lenílson tentou um primeiro chute. Errou. Na
sequência, Doda chutou no ângulo. A bola saiu por muito pouco. Era emocionante. Era suado. Era angustiante. A qualquer momento, um ou
outro poderia marcar. O Juventude esteve muito perto. Mas já nos
acréscimos, quando o Juventude estava no ataque, pressionava e estava muito
perto do gol, quem marcou foi o Belo. Rafael Aidar saiu num
contra-ataque fulminante e fez 2 a 0. O Almeidão naquele momento era uma
festa só. O Botafogo já era o primeiro paraibano a ser campeão
brasileiro.
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