Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Quem não acompanhou o mais
famoso quinteto da história do futebol brasileiro em campo provavelmente
já ouviu a respeito nas histórias do pai, do tio ou do avô. Ninguém seria capaz de esquecer a linha de frente do maior time das
Américas do século 20, segundo eleição promovida pela Fifa em 2000. E o
maior do mundo para várias gerações de brasileiros. Na última quinta, o Memorial das Conquistas do Santos, que fica na Vila Belmiro, parou para receber os cinco. A convite da Folha,
Dorval, 78, Mengálvio, 73, Coutinho, 70, Pelé, 73, e Pepe, 78, se
reencontraram para comemorar os 50 anos do bicampeonato mundial de 1963.
A reunião não se restringiu ao quinteto. Também voltaram a pisar no gramado da Vila Belmiro o ex-lateral esquerdo Dalmo, 81, o ex-volante Lima, 71, e o ex-lateral esquerdo Geraldino, 73. O reencontro só não foi completo pela ausência do ex-volante Zito, 81, que tinha compromissos em Taubaté (SP). O ex-zagueiro Joel, 67, e o ex-atacante Rossi, 76, não foram encontrados a tempo. São eles remanescentes do título que consagrou 20 jogadores. Já morreram Gylmar e Laércio (goleiros), Calvet, Haroldo e Mauro (zagueiros), Ismael (lateral direito), Almir, Batista e Toninho Guerreiro (atacantes). Assim como o técnico Lula. O encontro dos oito campeões virou festa. Dalmo, por exemplo, não via seus sete companheiros há pelo menos dez anos. Ainda assim, a amizade parecia intacta. Os antigos companheiros voltaram a chamar Dorval de Macalé devido a semelhança com o humorista Tião Macalé, que fez sucesso na TV entre as décadas de 60 e 80. Mais uma vez, os amigos se referiam a Mengálvio, por ser o mais tranquilo e relaxado da turma, como Pluto, o personagem da Disney. "O convívio que a gente tinha foi preservado. A alegria é permanente. A gente cantava, gozava um do outro. Isso ficou", disse Pelé. O maior de todos os craques, aliás, voltou a ser Júlio, apelido que carrega desde os anos 1960 devido à semelhança física com Julião, o então goleiro do Noroeste, time de Bauru (SP). "Nosso time era moleque. Só havia seriedade quando entrávamos em campo", completou Coutinho.
A reunião não se restringiu ao quinteto. Também voltaram a pisar no gramado da Vila Belmiro o ex-lateral esquerdo Dalmo, 81, o ex-volante Lima, 71, e o ex-lateral esquerdo Geraldino, 73. O reencontro só não foi completo pela ausência do ex-volante Zito, 81, que tinha compromissos em Taubaté (SP). O ex-zagueiro Joel, 67, e o ex-atacante Rossi, 76, não foram encontrados a tempo. São eles remanescentes do título que consagrou 20 jogadores. Já morreram Gylmar e Laércio (goleiros), Calvet, Haroldo e Mauro (zagueiros), Ismael (lateral direito), Almir, Batista e Toninho Guerreiro (atacantes). Assim como o técnico Lula. O encontro dos oito campeões virou festa. Dalmo, por exemplo, não via seus sete companheiros há pelo menos dez anos. Ainda assim, a amizade parecia intacta. Os antigos companheiros voltaram a chamar Dorval de Macalé devido a semelhança com o humorista Tião Macalé, que fez sucesso na TV entre as décadas de 60 e 80. Mais uma vez, os amigos se referiam a Mengálvio, por ser o mais tranquilo e relaxado da turma, como Pluto, o personagem da Disney. "O convívio que a gente tinha foi preservado. A alegria é permanente. A gente cantava, gozava um do outro. Isso ficou", disse Pelé. O maior de todos os craques, aliás, voltou a ser Júlio, apelido que carrega desde os anos 1960 devido à semelhança física com Julião, o então goleiro do Noroeste, time de Bauru (SP). "Nosso time era moleque. Só havia seriedade quando entrávamos em campo", completou Coutinho.
CHUVA E SOL NO MARACANÃ: Antes de se sagrar bicampeão mundial, o Santos já ostentava fama
internacional. No entanto, para os jogadores que fizeram história diante
do Milan, foi aquela conquista que sacramentou a chamada era Pelé. "Ganhamos um respeito maior. Até aquele momento, nenhum outro clube
havia vencido duas vezes seguida o Mundial", lembrou Lima. Para ser
campeão, o Santos disputou três jogos contra o Milan, campeão europeu
daquele ano.Santos Bi-mundial.
Em pé, da esq. para a dir.: Mengálvio, Geraldino, Lima, Dalmo e Pepe; agachados, da esq. para a dir.: Dorval, Pelé e Coutinho. O rival tinha astros como o zagueiro Maldini e o volante Trapattoni,
além do atacante brasileiro Amarildo. O primeiro duelo foi em Milão, em
16 de outubro. Anulado pelo rival, o Santos perdeu por 4 a 2. "Jogamos
mal mesmo", contou Geraldino. Demorou quase um mês para o segundo jogo acontecer. Foi em 14 de
novembro e agora no Brasil, mas não em Santos. O palco escolhido foi o
Maracanã, no Rio. "O campo era maior, melhor para jogarmos, e o Santos tinha a simpatia do torcedor carioca", disse Pepe. Embora tenha se preparado intensamente, o Santos chegou ao dia do jogo
em clima de preocupação. Devido a contusão, não puderam ser escalados
Geraldino, Calvet, Zito e... Pelé. Foram substituídos, respectivamente, por Dalmo, Ismael, Haroldo e Almir. O primeiro tempo dessa segunda partida chegou ao fim com o Milan na
frente, 2 a 0. Nesse instante, as águas desabaram sobre o Rio.
"Conseguimos virar para 4 a 2 graças a uma tempestade que caiu já no
intervalo", relembrou Pepe, autor de dois gols. Os santistas
demonstraram mais facilidade em jogar no gramado encharcado. A vitória levou ao terceiro jogo que, como mandava o regulamento,
aconteceu no Maracanã dois dias depois. O Santos repetiu a escalação,
ainda sem Pelé, portanto. Mas havia Almir, que brilhou nos dois jogos. O juiz deu pênalti para o Santos quando, em disputa dentro da área,
Maldini levantou a perna e atingiu a cabeça de Almir. Dalmo cobrou com
pé direito no canto esquerdo do goleiro Balzarini. Dessa vez sob o sol carioca, o jogo acabou em 1 a 0. "Foi muito bonito ver mais de 100 mil pessoas festejarem a vitória do futebol brasileiro", relembrou Mengálvio.
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