Zezito foi um dos melhores jogadores que passaram pelo Belo. O jovem pernambucano José Máximo da Silva,
conhecido por Zezito, foi transferido das categorias de base do Santa
Cruz do Recife para o Nacional de Patos e, ao se destacar no time
sertanejo, foi juntamente com o também pernambucano Lúcio Mauro
transferido para o nosso querido Botafogo Futebol Clube, no longínquo ano de 1968. E aquele lateral esquerdo chegou ao alvinegro da estrela vermelha para marcar e escrever o seu nome na história do clube mais vezes campeão
do estado. No mesmo ano em que chegou assumiu a titularidade no time e
sagrou-se campeão. No ano seguinte sagrou-se bicampeão e foi coroado com
o tricampeonato em 1970. Zezito fez parte de uma geração de jogadores que jogavam com amor e dedicação ao time, pois os recursos financeiros e as recompensas eram quase inexistentes. O atleta em comento possuía uma dedicação extraordinária, um preparo
físico acima da média da época e era conhecido por seu vigor físico em
campo, pois com ele não havia bola perdida, dividia todas e quase sempre
levava vantagem. Os adversários já entravam em campo sabendo da muralha
que teriam de enfrentar. Dentre as lembranças desse ex-atleta consta ter enfrentado o Santos do
Rei Pelé, por duas vezes, principalmente no histórico jogo em que foi
marcado o 999º gol do maior jogador de todos os tempos, no saudoso estádio Olímpico do Boi Só. Zezito permaneceu no Botafogo por seis anos, de 68 a 73, sempre sendo o
titular absoluto da lateral esquerda. Nesse período só não jogou quando
esteve machucado ou suspenso. O nosso ex-atleta ainda jogou no Ferroviário de Fortaleza, no Riachuelo
e no Força e Luz, os dois últimos da cidade de Natal-RN. Ao encerrar a
sua carreira profissional, Zezito morou com a família na cidade do Rio
de Janeiro. Depois retornou e fixou residência na cidade do Recife, passando a ter
uma vida desregrada, onde prevalecia uma contumaz bebedeira que por
pouco não destruiu a ele e a sua família. Zezito procurou ajuda em uma
igreja cristã, foi acolhido juntamente com a sua esposa. Hoje, aos 66 anos de idade, ele reside na cidade de João Pessoa onde
diariamente é visto na orla marítima pregando a Bíblia, distribuindo CDs
e DVDs com testemunhos de diversas pessoas. Ele é esse cidadão que diariamente percorre as praias da capital
empurrando um carrinho de som, portando um chapéu e um paletó bem
alinhados, com um sorriso manso e conversa agradável, sempre em busca da
palavra de Deus.
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