O
presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba
(OAB-PB),Odon Bezerra, convoca todos os advogados paraibanos a
participarem, na próxima quarta-feira (28), a partir das 14h00, da
sessão administrativa do pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) e
tentar sensibilizar os membros da corte a não aprovarem resolução que
altera o horário de expediente nos fóruns de João Pessoa, Santa Rita,
Cabedelo e Campina Grande. A intenção do TJPB é adotar o regime corrido único das 07h00 às
14h00, como desejam funcionários e setores do Tribunal. “O Conselho
Seccional já se posicionou contra, inclusive oficiamos o TJ, mostrando
as várias dificuldades com o atual horário, mas que, havendo
modificação, amargaremos mais prejuízos. Desta forma, convoco toda
classe para se fazer presente, na sessão administrativa do pleno e com
isso tentar sensibilizar seus componentes a não aprovar a medida”, disse
Odon. Lembrou que a OAB-PB já acionou o Conselho Federal da
OAB para vetar qualquer tentativa de alteração no horário. O
posicionamento da diretoria ratifica a decisão do Conselho Estadual da
instituição, que deliberou, à unanimidade, na sessão do último dia 31/3,
“que combaterá veementemente qualquer modificação no já exíguo regime
atualmente empreendido”, e em especial por que conforme decisão liminar
na ADIn 4.598, concedida pelo ministro Luiz Fux, os Tribunais estão, até
ulterior deliberação, impedidos de modificarem seus horários. “Portanto, em decorrência não só do prejuízo que causará à categoria e
aos jurisdicionados, mas em face da necessária e intransigente defesa
da legalidade e do cumprimento às decisões judiciais, tendo em vista a
liminar concedida na Ação movida pela Associação dos Magistrados do
Brasil, na qual o Conselho Federal da OAB também é parte, a Ordem é
contra a mudança”, ressalta o presidente da OAB-PB. Odon enfatiza também que a liminar do ministro Fux determina que “os
tribunais brasileiros devem manter, até decisão definitiva do STF, o
horário de atendimento ao público que já está sendo adotado nos seus
respectivos âmbitos, sob pena de eventual prejuízo aos usuários do
serviço público da Justiça, em particular para a classe dos advogados”. Além do impedimento legal, devido a ADIn no STF, Odon Bezerra elenca
outros problemas para mudança, a exemplo da dificuldade de estabelecer
rotina para funcionários, advogados, jurisdicionados, juízes e
promotores, já que muitos tem filhos e não terão como deixá-los nas
escolas no período da manhã; do fato deem João Pessoa e Campina Grande
existir juízes que substituem em comarcas circunvizinhas, viabilizando
audiências pela manhã e voltando a tarde para as comarcas de origem; e
da coincidência de horário com a Justiça do Trabalho, que já funciona
pela manhã e os advogados não terão como atuar nas duas Justiças ao
mesmo tempo.
“Tem também a dificuldade do horário das 12 às 14 horas, onde as
pessoas naturalmente sentem a necessidade fisiológica de fazerem suas
refeições. Fatalmente irão parar pelo menos uma hora neste intervalo de
tempo. Então, por estes vários motivos há como o horário das 07hàs 14
horas dar certo”, acrescentou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário