Veja por onde anda e o que faz França, ex jogador do São Paulo.
Malhadão, França curte baladas com bilionários no Japão e diz fazer sucesso com mulheres. Chamar os principais amigos durante a carreira e marcar um jogo de
despedida. Se possível, encerrar no clube de coração. Depois, morar ao
lado da família e tentar um emprego no esporte que te deu toda a
condição financeira adquirida como profissional. Seja como técnico,
dirigente, comentarista ou dono de escolinha. Se esse é o roteiro a ser seguido por um jogador de futebol aposentado,
esqueceram de avisar Françoaldo Sena de Souza, o França, 36 anos,
aquele mesmo que marcou época no São Paulo nas décadas de 90 e 2000 e
foi até cotado para ser o camisa 9 da seleção brasileira no Mundial de
2002. O atleta natural de Codó (MA) encerrou a carreira em 2011 no Yokohama
FC, do Japão, depois de passar sete temporadas no país. Conta ter
recebido convites de Santos e Flamengo nesse meio tempo, mas não quis
voltar. “Acabei parando naturalmente, sem nenhuma intenção. Não tinha
intenção de voltar a jogar no Brasil, decidi não jogar mais, não ir
atrás de clube. Aí acabei parando”, lembrou, em entrevista ao
UOL Esporte. Eu voltei a fazer um esporte que eu gostava, que é musculação. Se
você ver o meu corpo, não acredita. Está muito forte, definido. Não
estou como um Cristiano Ronaldo, mas está bem definido. Acordo cedo,
tenho alimentação balanceada com proteína, saladas e frango. Corro uma
vez por semana." França decidiu permanecer no Japão e hoje vive sozinho em Tóquio.
Conta que se apaixonou pelo modo de vida do país asiático e que não tem
planos próximos de voltar ao país de origem. Sentiu-se muito melhor em
uma sociedade com índices de violência baixos e que o respeito
prevalece. “Me apaixonei, me apaixonei mesmo. Não consegui deixar Tóquio . Eu
gosto demais da segurança, de morar em um lugar em que ninguém usa
armas. Existe educação no trânsito. É coisa de cinema”, falou. A vida solitária em um lugar distante é, segundo o ex-jogador, um
momento de descanso da carreira e de problemas particulares. Também
serve como reflexão para como conduzir sua vida no futuro. Seus pais e
irmão vivem em São Paulo, assim como a filha de dez anos, fruto de um
casamento encerrado em 2004 (ele vem de duas a três vezes por ano ao
Brasil para acompanhar a filha), que o deixou muito triste naquele
momento.
“Estou fazendo coisas agora que não tive a chance de fazer antes. Com
17 anos, quando comecei no futebol, até os 34, 35 anos, não tive final
de semana, tempo pra fazer aniversário e outros eventos sociais. São
mais ou menos 18 anos jogando futebol direto. Estou fazendo essas coisas
agora, ir pra clube, pra uma discoteca dançar... estou curtindo a minha
vida agora, fazendo tudo que eu não fiz”, conta.
“Se eu ainda fosse casado, talvez estivesse mais acomodado. Ganhei mais
liberdade de sair pra noite, conhecer pessoas, praticar meu inglês.
Talvez casado eu ficasse dentro de casa e não teria conexões, conhecer
as pessoas que conheço. Isso tudo ajudou a abrir mais aquele leque de
conhecimento.”
França leva uma verdadeira vida de “bon vivant”. Usa parte do capital
adquirido nos tempos de jogador para se divertir e aproveita para malhar
e deixar seu corpo bem definido. Diz até que faz sucesso com as
mulheres. “Eu voltei a fazer um esporte que eu gostava, que é musculação. Se você
ver o meu corpo, não acredita. Está muito forte, definido. Não estou
como um Cristiano Ronaldo, mas está bem definido. Acordo cedo, tenho
alimentação balanceada com proteína, saladas e frango. Corro uma vez por
semana”, falou. “Essa musculação está me ajudando muito [a fazer
sucesso na noite]. Mais fácil com o corpo do que com o rosto, né? A
mulherada está gostando, só escuto elogio nas ruas.” A vida de aposentado de França fez com que fizesse amizade com gente da
alta sociedade. França diz ser amigo de milionários japoneses e também
estrangeiros. Gente que conheceu mediante o círculo social que passou a
frequentar.
“Conheci amigos bilionários, donos de prédios famosos no Japão. Saio
pra jantar com eles. Aqui é muito fácil de se conhecer as pessoas.
Conheci um americano trilhardário, a empresa dele mexe com cartões de
crédito. Cada pessoa no mundo que usar cartão de crédito paga taxa pra
ele. É o Andy Khawaja. Sempre que vem pra cá, ele me liga pra sair”,
falou o ex-são-paulino.
Conhecer essas pessoas faz com que França pense mais no lado “business”
como uma alternativa para seu futuro. Conta que faz reuniões e observa
como atuam os investidores em encontros para quem sabe um dia poder,
quando sentir segurança, se aventurar no mundo das aplicações e
investimentos.
“Estou tentando entrar no business, investir o dinheiro que ganhei.
Tóquio é um mercado muito bom. É uma coisa bem diferente do que jogador
que faz quando para. Mas não tem nada decidido, só essa vontade. É uma
coisa que tem que ser muito bem estudada. Não posso perder dinheiro.
Tenho que pensar muito bem. Mas tenho acompanhado meus amigos, feito
reunidos e aprendido. Vamos ver, estou analisando tudo”, falou.
O perfil é diferente da maioria dos ex-jogadores, que querem se manter
próximos do futebol. França descarta a hipótese. “Só tenho essa vontade
de crescer em um outro lado. Sem isso de virar treinador, empresário”,
falou. FRANÇA É O QUARTO MAIOR ARTILHEIRO DO SÃO PAULO. França tem 182 gols e é o quarto maior artilheiro do São Paulo.
Deixou a equipe em 2002, mas não teve mais oportunidades de voltar para
tentar o recorde. Amor pelo São Paulo. França sempre deixou claro que gostaria de voltar ao São Paulo
um dia para tentar marcar mais gols. Ele é o quarto maior artilheiro
da história do clube, com 182 gols. Serginho, o maior, tem 242. Mas
nunca houve convite oficial para seu retorno. O ex-jogador, que ganhou pelo time do Morumbi dois Campeonatos Paulista
e um Rio-São Paulo, disse que visita com frequência o CT da equipe e
por diversas vezes encontrou dirigentes por lá. Mas que sempre as
conversas foram amistosas e nunca houve uma proposta. Só mesmo Santos e
Flamengo o procuraram.
“Meu pensamento era de jogar no São Paulo e fazer os 61 gols para ser o
maior da história, isso nunca saiu da minha cabeça. É difícil explicar o
porque não consegui voltar. Mas sempre deixei claro que o clube que eu
fui mais feliz jogando dentro de campo foi o São Paulo. Era emocionante
jogar no São Paulo”, falou.
“Era como se eles estivessem esperando eu tomar uma decisão e dizer :
´vocês querem? Estou livre´. Senti que eles queriam isso. Não teve
oportunidade. Mas o São Paulo sempre me atendeu muito bem.”
Apesar da distância do futebol, França revelou que quando, mesmo de
longe, assiste aos jogos do time tricolor, ainda balança. “Quando eu
vejo jogo do São Paulo pela TV bate aquela coisa no coração,
sabe...aquela saudade...mas tenho que ser forte. Tenho que ser forte e
saber que já passou.”
obrigado frança por tudo que fez para o são paulo
ResponderExcluirobrigado frança por tudo que fez para o são paulo
ResponderExcluir