quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Veja por onde anda e o que faz França, ex jogador do São Paulo.

Malhadão, França curte baladas com bilionários no Japão e diz fazer sucesso com mulheres. Chamar os principais amigos durante a carreira e marcar um jogo de despedida. Se possível, encerrar no clube de coração. Depois, morar ao lado da família e tentar um emprego no esporte que te deu toda a condição financeira adquirida como profissional. Seja como técnico, dirigente, comentarista ou dono de escolinha. Se esse é o roteiro a ser seguido por um jogador de futebol aposentado, esqueceram de avisar Françoaldo Sena de Souza, o França, 36 anos, aquele mesmo que marcou época no São Paulo nas décadas de 90 e 2000 e foi até cotado para ser o camisa 9 da seleção brasileira no Mundial de 2002.   O atleta natural de Codó (MA)  encerrou a carreira em 2011 no Yokohama FC, do Japão, depois de passar sete temporadas no país. Conta ter recebido convites de Santos e Flamengo nesse meio tempo, mas não  quis voltar.  “Acabei parando naturalmente, sem nenhuma intenção. Não tinha intenção de voltar a jogar no Brasil, decidi não jogar mais, não ir atrás de clube. Aí acabei parando”, lembrou, em entrevista ao UOL Esporte. Eu voltei a fazer um esporte que eu gostava, que é musculação. Se você ver o meu corpo, não acredita. Está muito forte, definido. Não estou como um Cristiano Ronaldo, mas está bem definido. Acordo cedo, tenho alimentação balanceada com proteína, saladas e frango. Corro uma vez por semana." França decidiu permanecer no Japão e hoje vive sozinho em Tóquio.  Conta que se apaixonou pelo modo de vida do país asiático e que não tem planos próximos de voltar ao país de origem. Sentiu-se muito melhor em uma sociedade com índices de violência baixos e que o respeito prevalece. “Me apaixonei, me apaixonei mesmo. Não consegui deixar Tóquio . Eu gosto demais da segurança, de morar em um lugar em que ninguém usa armas. Existe educação no trânsito. É coisa de cinema”, falou. A vida solitária em um lugar distante é, segundo o ex-jogador, um momento de descanso da carreira e de problemas particulares. Também serve como reflexão para como conduzir sua vida no futuro. Seus pais e irmão vivem em São Paulo, assim como a filha de dez anos, fruto de um casamento encerrado em 2004 (ele vem de duas a três vezes por ano ao Brasil para acompanhar a filha), que o deixou muito triste naquele momento. “Estou fazendo coisas agora que não tive a chance de fazer antes. Com 17 anos, quando comecei no futebol, até os 34, 35 anos, não tive final de semana, tempo pra fazer aniversário e outros eventos sociais. São mais ou menos 18 anos jogando futebol direto. Estou fazendo essas coisas agora, ir pra clube, pra uma discoteca dançar... estou curtindo a minha vida agora, fazendo tudo que eu não fiz”, conta.  “Se eu ainda fosse casado, talvez estivesse mais acomodado. Ganhei mais liberdade de sair pra noite, conhecer pessoas, praticar meu inglês. Talvez casado eu ficasse dentro de casa e não teria conexões, conhecer as pessoas que conheço. Isso tudo ajudou a abrir mais aquele leque de conhecimento.”  França leva uma verdadeira vida de “bon vivant”. Usa parte do capital adquirido nos tempos de jogador para se divertir e aproveita para malhar e deixar seu corpo bem definido. Diz até que faz sucesso com as mulheres. “Eu voltei a fazer um esporte que eu gostava, que é musculação. Se você ver o meu corpo, não acredita. Está muito forte, definido. Não estou como um Cristiano Ronaldo, mas está bem definido.  Acordo cedo, tenho alimentação balanceada com proteína, saladas e frango. Corro uma vez por semana”, falou. “Essa musculação está me ajudando muito [a fazer sucesso na noite]. Mais fácil com o corpo do que com o rosto, né? A mulherada está gostando, só escuto elogio nas ruas.” A vida de aposentado de França fez com que fizesse amizade com gente da alta sociedade. França diz ser amigo de milionários japoneses e também estrangeiros. Gente que conheceu mediante o círculo social que passou a frequentar.  “Conheci amigos bilionários, donos de prédios famosos no Japão. Saio pra jantar com eles. Aqui é muito fácil de se conhecer as pessoas. Conheci um americano trilhardário, a empresa dele mexe com cartões de crédito. Cada pessoa no mundo que usar cartão de crédito paga taxa pra ele. É o  Andy Khawaja. Sempre que vem pra cá, ele me liga pra sair”, falou o ex-são-paulino.  Conhecer essas pessoas faz com que França pense mais no lado “business” como uma alternativa para seu futuro. Conta que faz reuniões e observa como atuam os investidores em encontros para quem sabe um dia poder, quando sentir segurança, se aventurar no mundo das aplicações e investimentos.  “Estou tentando entrar no business, investir o dinheiro que ganhei. Tóquio é um mercado muito bom. É uma coisa bem diferente do que jogador que faz quando para. Mas não tem nada decidido, só essa vontade.  É uma coisa que tem que ser muito bem estudada. Não posso perder dinheiro. Tenho que pensar muito bem. Mas tenho acompanhado meus amigos, feito reunidos e aprendido. Vamos ver, estou analisando tudo”, falou.  O perfil é diferente da maioria dos ex-jogadores, que querem se manter próximos do futebol. França descarta a hipótese. “Só tenho essa vontade de crescer em um outro lado. Sem isso de virar treinador, empresário”, falou. FRANÇA É O QUARTO MAIOR ARTILHEIRO DO SÃO PAULO. França tem 182 gols e é o quarto maior artilheiro do São Paulo. Deixou a equipe em 2002, mas não teve mais oportunidades de voltar para tentar o recorde. Amor pelo São Paulo.  França sempre deixou claro que gostaria de voltar ao São Paulo um dia para tentar marcar mais gols.  Ele é o quarto maior artilheiro da história do clube, com 182 gols. Serginho, o maior, tem 242. Mas nunca houve convite oficial para seu retorno. O ex-jogador, que ganhou pelo time do Morumbi dois Campeonatos Paulista e um Rio-São Paulo, disse que visita com frequência o CT da equipe e por diversas vezes encontrou dirigentes por lá. Mas que sempre as conversas foram amistosas e nunca houve uma proposta. Só mesmo Santos e Flamengo o procuraram. “Meu pensamento era de jogar no São Paulo e fazer os 61 gols para ser o maior da história, isso nunca saiu da minha cabeça. É difícil explicar o porque não consegui voltar. Mas sempre deixei claro que o clube que eu fui mais feliz jogando dentro de campo foi o São Paulo. Era emocionante jogar no São Paulo”, falou. “Era como se eles estivessem esperando eu tomar uma decisão e dizer : ´vocês querem?  Estou livre´. Senti que eles queriam isso. Não teve oportunidade. Mas o São Paulo sempre me atendeu muito bem.” Apesar da distância do futebol, França revelou que quando, mesmo de longe, assiste aos jogos do time tricolor, ainda balança. “Quando eu vejo jogo do São Paulo pela TV bate aquela coisa no coração, sabe...aquela saudade...mas tenho que ser forte. Tenho que ser forte e saber que já passou.”

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