Pesando atualmente 85kg, o padre acha que está bem para sua altura, de
1,95m. Ele, que é formado em Educação Física, continua aficionado por
exercícios, fazendo esteira diariamente e comendo chocolate e sorvete,
suas paixões fora da apertada rotina de missas, bênçãos, visitas a
hospitais, programas de rádio e TV. E ainda sobra tempo para compor as
canções do novo CD e escrever mais um livro, que deve ser lançado em
março de 2015, tudo para relatar sua experiência com a depressão.
O que causou a doença?
Não tem uma causa, são várias, que a gente vai somatizando. Desde a morte do meu cachorro, que eu amava muito, até o fato de me sentir isolado, sozinho. Como tive o problema no pé, quando caí da esteira, e tomei muito remédio, o que me inchou, quis emagrecer e adotei uma dieta maluca, radical, em que comia só alface e hambúrguer. Meu peso normal, de 20 anos atrás, é entre 85kg e 90kg, que tenho como meta hoje. Só que não percebi que estava ficando anoréxico. Olhava no espelho e achava que precisava emagrecer mais.
O padre é vaidoso?
Nem um pouco! Não pinto cabelo, olha como está branco! Não sou contra plástica, mas não faço. O padre não deve estar preso a vaidades. Minha única preocupação é com saúde, não estética. Por isso, continuo fazendo meus exercícios, minha esteira.
Qual foi o pior momento?
A sensação de vazio é inexplicável, perdi a alegria de viver. Não falo em suicídio. Mas não conseguia dormir. Nestes momentos difíceis, fui fazendo as músicas do CD e estou em um processo de reeducação, que vou usar no livro, banindo coisas ruins da minha vida. Percebi algo errado ao me ver viciado na globalização, na internet, a qual não sou contra, mas é preciso tomar cuidado e viver somente o real, não o virtual.
Onde buscou a cura?
Na família, que é fundamental, porque é quem identifica a depressão e nos ajuda a percebê-la. E, logicamente, nas orações.
Não acha que se expõe demais ao admitir a depressão?
Deus me permitiu que eu passasse por algo em que eu não acreditava. Achava que era frescura. Não é. No mundo que estamos, criamos uma sociedade ansiosa e com altíssima tendência à depressão. Se as pessoas não pararem para refletir e fazer uma autoanálise, é preciso buscar ajuda médica e tomar remédios, o que não foi meu caso. O Antigo Testamento, em Eclesiásticos, cap. 30, vers. 22 e 24, fala disso: ‘Não entregues tua alma à tristeza, não atormentes a ti mesmo em teus pensamentos. Tem compaixão de tua alma, torna-te agradável a Deus, e se firme; concentra teu coração na santidade, e afasta a tristeza para longe de ti’. Graças a Ele, eu estou curado.
Quais são os seus planos?
Neste ano, o santuário virou paróquia e já está em processo, em Roma, para se tornar catedral. Já passei tudo do meu nome para o da Igreja Católica. E a renda do CD vai para a construção da igreja do santuário, para celebrações menores. Eu me realizo fazendo o que gosto, evangelizando
O que causou a doença?
Não tem uma causa, são várias, que a gente vai somatizando. Desde a morte do meu cachorro, que eu amava muito, até o fato de me sentir isolado, sozinho. Como tive o problema no pé, quando caí da esteira, e tomei muito remédio, o que me inchou, quis emagrecer e adotei uma dieta maluca, radical, em que comia só alface e hambúrguer. Meu peso normal, de 20 anos atrás, é entre 85kg e 90kg, que tenho como meta hoje. Só que não percebi que estava ficando anoréxico. Olhava no espelho e achava que precisava emagrecer mais.
O padre é vaidoso?
Nem um pouco! Não pinto cabelo, olha como está branco! Não sou contra plástica, mas não faço. O padre não deve estar preso a vaidades. Minha única preocupação é com saúde, não estética. Por isso, continuo fazendo meus exercícios, minha esteira.
Qual foi o pior momento?
A sensação de vazio é inexplicável, perdi a alegria de viver. Não falo em suicídio. Mas não conseguia dormir. Nestes momentos difíceis, fui fazendo as músicas do CD e estou em um processo de reeducação, que vou usar no livro, banindo coisas ruins da minha vida. Percebi algo errado ao me ver viciado na globalização, na internet, a qual não sou contra, mas é preciso tomar cuidado e viver somente o real, não o virtual.
Onde buscou a cura?
Na família, que é fundamental, porque é quem identifica a depressão e nos ajuda a percebê-la. E, logicamente, nas orações.
Não acha que se expõe demais ao admitir a depressão?
Deus me permitiu que eu passasse por algo em que eu não acreditava. Achava que era frescura. Não é. No mundo que estamos, criamos uma sociedade ansiosa e com altíssima tendência à depressão. Se as pessoas não pararem para refletir e fazer uma autoanálise, é preciso buscar ajuda médica e tomar remédios, o que não foi meu caso. O Antigo Testamento, em Eclesiásticos, cap. 30, vers. 22 e 24, fala disso: ‘Não entregues tua alma à tristeza, não atormentes a ti mesmo em teus pensamentos. Tem compaixão de tua alma, torna-te agradável a Deus, e se firme; concentra teu coração na santidade, e afasta a tristeza para longe de ti’. Graças a Ele, eu estou curado.
Quais são os seus planos?
Neste ano, o santuário virou paróquia e já está em processo, em Roma, para se tornar catedral. Já passei tudo do meu nome para o da Igreja Católica. E a renda do CD vai para a construção da igreja do santuário, para celebrações menores. Eu me realizo fazendo o que gosto, evangelizando
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