A
Polícia Federal, em cumprimento à decisão do relator do Tribunal de
Justiça da Paraíba, desembargador Joás de Brito Pereira Filho
(investigação nº 999.2012.0000699-7/001), efetuou, nesta quinta-feira
(18) a prisão preventiva de um juiz, advogados, delegado de polícia e
servidores do Judiciário, acusados de fraudes em processos judiciais. O
pedido foi encaminhado pelo Ministério Público Estadual. Tiveram
prisões preventivas decretadas José Edvaldo Albuquerque de Lima, juiz
de direito, os advogados Cícero de Lima e Sousa, Eugênio Vieira Oliveira
Almeida, Glauber Jorge Lessa Feitosa e Dino Gomes Ferreira. Foram
decretadas ainda prisões do delegado de polícia Edilson Carvalho de
Araújo e dos servidores do Poder Judiciário João Luiz de França Neto e
Rogério Pereira de França, além de Jadilson Jorge da Silva e Gildson
José da Silva. A
ação foi acompanhada pela Corregedoria-Geral de Justiça, pela
Presidência do Tribunal e Ordem dos Advogados do Brasil – OAB/PB,
resultando, além das prisões, na busca e apreensão de documentos,
computadores, pentes de memória, notebooks e laptops. Foram adotadas,
também, medidas administrativas para garantir o funcionamento da unidade
judiciária afetada, a exemplo da designação de dois juízes para atuar
no 2º Juizado Especial Cível do Fórum Regional de Mangabeira, onde é
titular o magistrado José Edvaldo. Além
disso, a presidência do Tribunal de Justiça convocou sessão
extraordinária do Pleno para esta sexta-feira (19), quando se decidirá
sobre a medida liminar de prisão preventiva. Em
2012, o Tribunal de Justiça da Paraíba determinou a abertura de
inquérito judicial, solicitando ao Ministério da Justiça a colaboração
investigativa da Polícia Federal, para apurar responsabilidade de
magistrado, advogados, delegado de polícia e servidores na concessão de
astreintes (multa processual aplicada para o fim de fazer cumprir
decisão judicial de obrigação de fazer ou de não fazer) de forma
irregular. Numa
ação conjunta, envolvendo o Tribunal de Justiça, o Ministério Público e
a Polícia Federal foram tomadas medidas por essas instituições para se
apurar as supostas práticas ilícitas. De
acordo com o inquérito judicial, verificaram-se indícios de advogados
que agiam com apoio do juiz e servidores da antiga Vara Mista do Geisel,
hoje 2º Juizado Especial Misto de Mangabeira. Com o avanço das investigações, o procurador-geral de Justiça, Oswaldo Trigueiro do Valle Filho,
requereu a decretação de prisões preventivas e temporárias dos
envolvidos. Assim, o relator do processo junto ao Tribunal de Justiça,
desembargador Joás de Brito Pereira Filho, decretou a prisão preventiva
dos investigados com o objetivo de garantir a ordem pública e a
conveniência da instrução criminal. Nesta
quinta-feira o corregedor-geral de justiça, desembargador Márcio Murilo
da Cunha Ramos, apresentou, ainda, cinco acusações funcionais em face
do magistrado Jose Edvaldo, solicitando o seu afastamento, através de
decisão plenária e também afastando monocraticamente dois servidores do
TJPB.
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