José Dirceu de Oliveira e Silva (Passa-Quatro, 16 de março de 1946) é um político e advogado brasileiro, com base política em São Paulo. Foi líder estudantil entre 1965 e 1968, ano em que foi preso em Ibiúna, no interior de São Paulo, durante uma tentativa de realização do XXX Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). Em setembro de 1969, com mais quatorze presos políticos, deportados do país, em troca da libertação do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, foi deportado para o México. Posteriormente exilou-se em Cuba. Fez plásticas
e mudou de nome para não ser reconhecido em suas tentativas de voltar
ao Brasil após ser exilado, e voltou definitivamente ao país em 1971,
vivendo um período clandestinamente em São Paulo e em algumas cidades do Nordeste
e, quando teve novamente sua segurança ameaçada, retornou a Cuba. Em
1975 retornou ao Brasil, estabelecendo-se clandestinamente em Cruzeiro do Oeste, no interior do Paraná. Com a redemocratização, em 1980, ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores, do qual foi presidente nacional durante a década de 1990.
Exerceu vários mandatos: entre 1987 a 1990 foi deputado estadual
constituinte por São Paulo, e, em 1991, 1998 e 2002 elegeu-se deputado
federal. Em janeiro de 2003, após tomar posse na Câmara dos Deputados,
licenciou-se para assumir o cargo de Ministro-Chefe da Casa Civil da Presidência da República, onde permaneceu até junho de 2005, quando deixou o Governo Federal acusado, por Roberto Jefferson de ser o mentor do Escândalo do Mensalão.
Retornando à Câmara para se defender, Dirceu teve seu mandato de
deputado federal cassado no dia 1º de dezembro de 2005, tornando-se
inelegível até 2015.
José Dirceu iniciou sua militância política no movimento estudantil em 1965, ano em que iniciou seus estudos de Direito na PUC-SP, sendo vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) no período de 1965-66. Ainda em 1966 rompeu com o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e ajudou na formação paulista das chamadas "Dissidências", em São Paulo a sigla era "DI-SP" (esta organização acabou tendo enorme afinidade política com o grupo de Carlos Marighella, que mais tarde viria formar a Ação Libertadora Nacional). No entanto, Dirceu nunca fez parte dos quadros da ALN. Em 1967 Dirceu, que era conhecido pelo codinome de "Daniel", presidiu a União Estadual de Estudantes (UEE), firmando-se como líder estudantil. Em 1968 foi preso em Ibiúna, no interior de São Paulo, durante uma tentativa de realização do XXX Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). Em 1969 os grupos guerrilheiros marxistas-lenistas conhecidos como MR-8 e ALN seqüestraram o embaixador dos Estados Unidos da América, Charles Burke Elbrick. Os revolucionários exigiram a libertação de uma lista de prisioneiros políticos, entre eles José Dirceu. O incidente do seqüestro do embaixador foi contado no livro "O Que É Isso, Companheiro?" (1979), de autoria do deputado Fernando Gabeira (PV), posteriormente transformado em filme (Bruno Barreto, 1997). Em 2007, o diretor Silvio-Da-Rin lançou o documentário "Hércules 56", onde os protagonistas relatam em detalhes sobre o episódio do sequestro e da libertação dos 15 presos. O filme dá voz também a todos os que foram trocados pelo embaixador norte-americano e que ainda estão vivos. Os presos trocados pelo embaixador, deportados do Brasil, seguiram para o México, a bordo do avião da Força Aérea modelo C-130 Hércules, matricula 2456. De lá seguiram para Cuba e Paris. Dirceu foi para Cuba. Durante o exílio, trabalhou, recebeu treinamento militar, estudou na ilha.
José Dirceu iniciou sua militância política no movimento estudantil em 1965, ano em que iniciou seus estudos de Direito na PUC-SP, sendo vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) no período de 1965-66. Ainda em 1966 rompeu com o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e ajudou na formação paulista das chamadas "Dissidências", em São Paulo a sigla era "DI-SP" (esta organização acabou tendo enorme afinidade política com o grupo de Carlos Marighella, que mais tarde viria formar a Ação Libertadora Nacional). No entanto, Dirceu nunca fez parte dos quadros da ALN. Em 1967 Dirceu, que era conhecido pelo codinome de "Daniel", presidiu a União Estadual de Estudantes (UEE), firmando-se como líder estudantil. Em 1968 foi preso em Ibiúna, no interior de São Paulo, durante uma tentativa de realização do XXX Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). Em 1969 os grupos guerrilheiros marxistas-lenistas conhecidos como MR-8 e ALN seqüestraram o embaixador dos Estados Unidos da América, Charles Burke Elbrick. Os revolucionários exigiram a libertação de uma lista de prisioneiros políticos, entre eles José Dirceu. O incidente do seqüestro do embaixador foi contado no livro "O Que É Isso, Companheiro?" (1979), de autoria do deputado Fernando Gabeira (PV), posteriormente transformado em filme (Bruno Barreto, 1997). Em 2007, o diretor Silvio-Da-Rin lançou o documentário "Hércules 56", onde os protagonistas relatam em detalhes sobre o episódio do sequestro e da libertação dos 15 presos. O filme dá voz também a todos os que foram trocados pelo embaixador norte-americano e que ainda estão vivos. Os presos trocados pelo embaixador, deportados do Brasil, seguiram para o México, a bordo do avião da Força Aérea modelo C-130 Hércules, matricula 2456. De lá seguiram para Cuba e Paris. Dirceu foi para Cuba. Durante o exílio, trabalhou, recebeu treinamento militar, estudou na ilha.
Retornou ao Brasil em 1971, vivendo clandestino em São Paulo e em algumas cidades do Nordeste. Em 1975, em Cuba, alterou sua aparência através de uma cirurgia plástica e retornou ao Brasil, com o nome falso de "Carlos Henrique Gouveia de Mello", instalando-se na cidade de Cruzeiro do Oeste,
no Paraná. Lá casou-se com sua primeira esposa, Clara Becker, e passou a
viver em total clandestinidade, omitindo seu passado e sua verdadeira
identidade até mesmo de sua esposa. Em Cruzeiro, reservadamente,
acompanhava os acontecimentos políticos do país. Em 1979, com a anistia, retornou a Cuba, desfez a cirurgia plástica
e, em dezembro de 1979, voltou definitivamente para o Brasil, onde
passou a participar das atividades políticas em curso, que deram origem
ao PT.
Participações políticas
Em 1986 foi eleito deputado estadual constituinte em São Paulo pelo PT, exercendo mandato entre 1987 e 1991. No período, notabilizou-se pela forte oposição à administração do então governador Orestes Quércia. Em 1992, no exercício do mandato de deputado federal, foi o autor — ao lado do senador Eduardo Suplicy — do pedido para a instalação da CPI que levou o então presidente Fernando Collor de Mello ao impeachment. Dois anos depois foi o candidato petista ao governo de São Paulo, mas acabou ficando em terceiro lugar atrás de Mário Covas (PSDB) e Francisco Rossi (então no PDT). Em 1995 foi indicado por Lula para disputar o encontro nacional do
partido e ganhar a presidência nacional do Partido dos Trabalhadores,
cargo para o qual se reelegeria em 1997 e 2001 (esta por eleições
diretas entre filiados do PT).
Apogeu e queda.
José Dirceu foi Ministro-Chefe da Casa Civil no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de 1 de janeiro de 2003 até 16 de junho de 2005, quando pediu demissão do cargo de ministro, e voltou a seu antigo cargo de deputado federal por São Paulo (era até então deputado licenciado) do Partido dos Trabalhadores. Ocupou o principal posto da coordenação política do governo, sendo
tratado pela imprensa como o homem forte da administração federal, a
quem caberiam efetivamente as decisões, um super-ministro ou "primeiro-ministro". Sua demissão ocorreu em meio à crise política que surgiu após denúncias de corrupção nos Correios e em outras empresas estatais, vindas à tona após acusações do deputado Roberto Jefferson. Reassumiu, então, seu mandato de deputado federal. Embora a oposição tenha afirmado diversas vezes que o presidente
tenha demitido o ministro por reconhecer a culpa do mesmo, Lula nunca
assumiu publicamente a hipótese. No dia 1 de dezembro de 2005, aproximadamente à meia-noite e meia, José Dirceu teve seu mandato cassado por quebra de decoro parlamentar. O placar
da votação foi de 293 votos a favor da cassação e 192 contra; com isso,
José Dirceu ficou inelegível até 2015. O relator do processo de
cassação de José Dirceu no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados foi Júlio Delgado. No dia 30 de março de 2006, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF), quarenta pessoas, entre políticos e empresários, participantes do esquema do mensalão.
O procurador indiciou por crimes graves, como corrupção ativa, formação
de quadrilha, lavagem de dinheiro e peculato os ex-ministros do governo
Lula José Dirceu (Casa Civil), Anderson Adauto (ministro dos transportes) e o ex-ministro dos transportes Luiz Gushiken (Comunicação Estratégica).
Dirceu saiu do governo federal por ser insustentável a sua permanência
na Casa Civil, pressão esta exercida pelo escândalo em que estava
envolvido. O relator do caso no Supremo Tribunal Federal, ministro
Joaquim Barbosa (nomeado por Lula), atribuiu a liderança no esquema do "mensalão" a José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e Sílvio Pereira. Após ser o principal alvo das investigações do mensalão do PT, Zé
Dirceu tornou-se — para o público interno do PT — um símbolo de
resistência por reproduzir a imagem de perseguido.[1] Mesmo cassado, voltou à direção do PT, ignorou as decisões do
partido, criou confusão com aliados, foi repreendido por Lula, alegando
que "isso não tinha importância".[2] Em 23 de fevereiro de 2010 a Folha de S.Paulo citou que Dirceu
foi contratado por ao menos R$ 620 mil pela principal empresa do grupo
empresarial privado beneficiado com reativação da estatal Telebrás. O dinheiro teria sido pago entre 2007 e 2009 pelo dono de uma companhia sediada nas Ilhas Virgens Britânicas.[3] A oposição defende que a reativação da estatal teria sido comandada por Dirceu para beneficiá-lo.[4] Em seu blog, Zé Dirceu comentou que "a Folha joga sujo para atacar plano de banda larga do governo e me atingir".[5] Em palestra em 13 de setembro de 2010 para sindicalistas do setor petroleiro em Salvador,
José Dirceu teria declarado que "o problema do Brasil é o monopólio das
grandes mídias, o excesso de liberdade e do direito de expressão e da
imprensa".[6]
A fala, divulgada no site do diretório do PT da Bahia, foi
posteriormente desmentida por Dirceu, que negou ser de sua autoria. O
presidente do diretório baiano atribuiu sua divulgação a um "equívoco da
assessoria de imprensa do partido".[7] Em 9 de outubro de 2012 foi condenado por corrupção ativa, junto com
José Genoíno e Delúbio Soares, pelo Supremo Tribunal Federal, colocando
um hiato em sua carreira política. Em 22 de outubro de 2012 foi condenado por formação de quadrilha pelo Supremo Tribunal Federal, por 6 votos a 4. Já no dia 12 de novembro de 2012 foi condenado a 10 anos e 10 meses
de prisão, devendo cumprir a pena em regime fechado, por conta da sua
participação no esquema do mensalão. Ele também foi condenado pela corte
a pagar multa no valor de R$ 676 mil.[8].
Recentemente foi envolvido em outro escândalo de corrupção e de tráfico
de influência devido a sua proximidade com a Rosemary Noronha, pivô do
escândalo.[9]
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