Rebelde colombiano Alfonso Cano, chefe máximo das Farc, fala com a imprensa em fevereiro de 2001.
O líder máximo das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), conhecido como "Alfonso Cano", morreu na Colômbia, informa o Ministério da Defesa do país. "As forças militares da Colômbia alcançaram um de seus objetivos militares mais importantes", disse o governador de Cauca, Alberto Gonzalez Mosquera. "Tropas do Exército e da Força Aérea realizaram uma operação entre os municípios de Suarez e Lopez de Mikay, onde mataram o 'histórico' Alfonso Cano", detalhou Gonzalez. Não foi especificado nem a data nem o local da morte de Cano, cujo nome real é Guillermo León Sáenz, e se especula que sua morte tenha acontecido há duas semanas, mas só agora foi confirmada a identidade do rebelde. Horas antes de se confirmar a morte, o ministro da Defesa colombiano, Juan Carlos Pinzón, disse em entrevista coletiva que uma ofensiva das tropas do Exército colombiano contra local onde estaria Cano, realizada na Salvajina (região de Cauca) deixou saldo de duas mortes e quatro capturas, entre elas do guerrilheiro chefe de segurança de Cano, "El Índio Efraín". "Efraín e os outros três capturados também fazem parte do círculo de segurança de Alfonso Cano", disse Pinzón em entrevista coletiva. Segundo ele, outros dois guerrilheiros da Frente Sexto, das Farc, morreram. Um operador de rádio conhecido como "El Zorro", com 14 anos de militância no grupo guerrilheiro, e uma mulher ainda não identificada que pode ser a companheira de Cano. Num primeiro momento o ministro não fez referência a quem estava no acampamento atacado. História de líderes mortos Fundada em 1964 e hoje com cerca de 8 mil combatentes, as Farc também perderam outros dirigentes históricos nos últimos anos. Antes de Alfonso Cano, também foram mortos os líderes Luis Edgar Devia, conhecido como "Raúl Reyes", em março de 2008 no território equatoriano, e Víctor Julio Suárez Rojas, conhecido como "Jorge Briceño Suárez" ou "Mono Jojoy", em setembro de 2010, na Serranía de La Macarena, na Colômbia. Cano era o substituto do chefe e fundador das Farc, Manuel Marulanda, conhecido como "Tirofijo", que morreu de ataque do coração em março de 2008.
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