A pedido da presidente Dilma Rousseff, o PMDB se unificou e decidiu indicar o senador Vital do Rêgo Filho
(PB) para o Ministério da Integração Nacional. Com o apoio das bancadas
da Câmara e do Senado, o nome de Vital será levado pela cúpula
peemedebista a Dilma para o lugar do atual ministro, Fernando Bezerra,
que é do PSB e está de saída do governo. O acordo entre as alas do PMDB foi fechado na segunda-feira, 23, em
jantar no Palácio do Jaburu, quando o vice-presidente Michel Temer
reuniu senadores e deputados da legenda para comemorar seus 73 anos. Antes de viajar para Nova York, onde participou da abertura da
Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Dilma pediu a
Temer que o PMDB se unisse para "fazer" o sucessor de Bezerra. Os peemedebistas acreditam que a presidente aceitará a indicação de
"Vitalzinho", como o senador é conhecido, sem pestanejar. Corregedor do
Senado, ele prestou serviços ao governo quando presidiu a Comissão Mista
do Orçamento e a CPI do Cachoeira. Além disso, é do Nordeste, requisito
considerado fundamental para a nomeação. Carta de demissão. Afilhado político do governador Eduardo Campos
(PSB-PE), Bezerra esteve no Palácio do Planalto no último dia 20 para
entregar a carta de demissão, depois que a Executiva Nacional do PSB
decidiu devolver os cargos ocupados no governo Dilma. Pega de surpresa com a decisão do PSB, Dilma pediu a Bezerra que
esperasse uma semana e não recebeu a demissão. Nesse meio tempo,
solicitou ao PMDB, até então dividido, uma indicação que contemplasse o
partido no Senado e na Câmara. Além da Integração Nacional, com orçamento na casa de R$ 8 bilhões para
2014, o PSB controla o Ministério dos Portos, com Leônidas Cristino à
frente, e algumas estatais, como a Companhia Hidrelétrica do São
Francisco (Chesf) e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São
Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Ocupa, ainda, diretorias na
Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), na
Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco)e no Banco
do Nordeste.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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