Está sendo velado em uma das capelas do Cemitério Parque das Flores,
no bairro do Farol, em Maceió, o corpo do último componente do bando
de Virgulino Ferreira da Silva, o "Lampião", na manhã desta
segunda-feira (16). Ele morreu neste domingo depois de ter complicações
José Alves de Matos, a direita na época do cangaço. |
respiratórias em casa, no bairro do Salvador Lyra, região localizada na
parte alta de Maceió. José Alves de Matos era conhecido entre os companheiros como "25".
Ele tinha 97 anos e estava na companhia dos netos quando sentiu falta de
ar e foi socorrido imediatamente até um hospital particular da cidade,
mas não resistiu e morreu.
Momento de descontração no sertão nordestino |
Em entrevista ao TNH1, o neto de José Alves, Clayton
Matos, disse que foi criado como filho por '25', e que a morte deixou
toda a família abalada. "Meu avô fez parte da história do país e foi um
grande pai para todos nós", lamentou Clayton. Ele deixa seis filhos e 16
netos.
No ano passado, um colega da 'volante', conhecido como "Candeeiro"
também faleceu. Ainda segundo Clayton, '25' e Candeeiro eram muito
chegados. "Meu avô vivia de memórias e merece ser homenageado por
participar da história do Cangaço", concluiu o neto.
O cangaceiro compôs o grupo liderado por Lampião que atuou entre os
anos de 1922 e 1938, quando a volante foi capturada e a maioria de seus
componentes degolada. Eles costumavam invadir várias cidades do interior
nordestino, praticar saques e enfrentar a polícia local.
Conhecidos por
sua valentia, até hoje os fatos geram polêmica. Enquanto alguns
consideram Virgulino herói, para outros ele foi um vilão sanguinário.
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